domingo, 1 de novembro de 2009

Da recolecção à cultura

Nos alvores da Humanidade, os nossos antepassados pouco se diferenciavam dos outros animais. Viviam daquilo que a natureza lhes oferecia e deslocavam-se constantemente em busca de alimentos.
Esta economia de recolecção não motivava a constituição de sociedades organizadas senão por questões de defesa.
As populações alimentavam-se quase exclusivamente de frutos, bagas, grãos, plantas e alguns animais de pequeno porte que caçavam e pescavam de forma rudimentar.
Com a evolução cognitiva, a construção de pequenos utensílios de madeira, osso e pedra lascada permitiu ao Homem tornar-se um pouco mais afoito e defrontar animais de porte mais imponente.
No entanto, a primeira grande conquista desta nova espécie deu-se naquilo que se convencionou chamar a revolução neolítica .
A primeira actividade agrícola ocorreu entre 9000 e 7000 a.C. em certos lugares privilegiados da Sírio-Palestina, do sul da Anatólia e do norte da Mesopotâmia. Aconteceu também na Índia (há 8 mil anos), na China (7 mil), na Europa (6.500), na África Tropical (5 mil) e nas Américas (México e Peru) (4.500). Em 3000 a.C., a revolução neolítica já tinha atingido a Península Ibérica e grande parte da Europa.
Os produtos cultivados variavam de região para região, mas geralmente consistiam em cereais (trigo e cevada), milho, raízes (batata-doce e mandioca) e o arroz, principalmente.
O Homem foi aprendendo então a selecionar as melhores plantas para a cultura e a promover o enxerto de variedades.
Além dos conhecimentos práticos referentes a tipos de solo, plantas adequadas e épocas de cultivo, foram desenvolvidas invenções importantíssimas e práticas como a cerâmica, a foice, o arado, a roda, o barco a vela e a tecelagem
Por esta altura, era já comum a existência de animais em cativeiro.

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