quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Império Romano

Para os habitantes mais abastados do Império, o pequeno-almoço (jentaculum), comido muito cedo, seria composto por pão, leite ou vinho, e talvez frutos secos, ovos e queijo.
Por vezes restos do dia anterior.
O almoço (prandium), uma refeição rápida, comida por volta do meio dia, poderia incluir pão e frutas, salada, ovos, carne ou peixe, legumes e queijo.
Os Romanos tinham uma introdução para as refeições, semelhante ao que hoje chamamos aperitivo, que recebia o nome de gustatio, promulsis ou antecoena.
O gustatio podia incluir itens exóticos, como ouriços do mar, ostras cruas, e mexilhões.
O jantar romano (coena), era a principal refeição do dia.
Um jantar da classe média reflectia habitualmente aquilo que cultivavam e os produtos da época
Incluía carne, lentilhas, feijões, grão-de-bico, alface, couve, figos, alho francês, ovos e frutas.
Tal como actualmente, onde a salada pode aparecer em diferentes partes da refeição, assim era na Roma antiga.
À sobremesa era comum comerem fruta.
As maçãs eram muito apreciadas.
Ao longo do tempo, e como resultado da expansão do Império, novos produtos apareceram, sendo dos mais importantes a especiarias do oriente.
A sociedade romana era muito estratificada e isso também se notava na alimentação: havia uma diferença abismal entre as refeições dos ricos e as dos pobres.
O jantar era habitualmente servido numa sala denominada triclinium, nome que derivou dos lectus triclinaris, sofás que permitiam que se comesse de forma reclinada.
Os lectus triclinaris eram dispostos à volta da mesa, ocupando apenas três dos lados da mesma de modo a permitir um melhor serviço.
Os comensais deitavam-se sobre o lado esquerdo deixando o braço direito livre para apanhar as iguarias à mão ou recorrendo a vários tipos de colheres.
Com o enriquecimento desregrado, os romanos abastados passaram a servir refeições opulentas aos seus convidados, exageradamente ostensivas, raiando muitas vezes a mais elementar falta de gosto, tal a necessidade de inovar para espantar.
Também por aí, pela decadência de costumes, se instalou o princípio do fim do Império.
Em data imprecisa entre 80 e 40 a.c., Marcus Apicius, um conhecido cozinheiro e gastrónomo terá escrito (há quem discorde da autoria) aquele que é considerado o primeiro livro de cozinha: De Re Coquinaria.

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